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Pedro Guerra diz que o FC Porto o está a perseguir e que nunca quis atacar os dragões

Pedro Guerra, comentador de desporto atualmente na CMTV, afirmou esta quinta-feira, durante o julgamento no Tribunal do Bolhão, no Porto, que o processo no qual é acusado de difamação e ofensa a uma organização desportiva “é uma clara perseguição por parte do FC Porto”. O Ministério Público está a solicitar a condenação do réu.

O caso em questão refere-se a comentários feitos por Pedro Guerra no programa ‘Prolongamento’ da TVI24, em 2018, nos quais ele mencionou que o FC Porto tinha conhecimento prévio das nomeações dos árbitros, relacionando isso com a substituição de Fábio Veríssimo por Carlos Xistra no jogo entre a B SAD e o FC Porto – na altura do comentário, ainda não era público que a substituição tinha sido motivada pela morte de um familiar do primeiro árbitro. Em tribunal, Pedro Guerra admitiu o seu erro, mas considerou-o aceitável, afirmando que o seu foco era o Conselho de Arbitragem. Ele também afirmou que “todos sabem que há um acordo tácito entre o FC Porto e o árbitro Fábio Veríssimo”. Além disso, considerou “inaceitável” que o clube tenha apresentado uma queixa ao Conselho de Arbitragem contra o referido árbitro. Segundo Pedro Guerra, o FC Porto estava desconfortável com essa nomeação devido a acontecimentos anteriores. Ele também alegou que o clube estava a conduzir uma campanha para desacreditá-lo.

Nas alegações finais, o Ministério Público solicitou a condenação do comentador desportivo, argumentando que a sua conduta nos eventos em questão “ultrapassa a liberdade de expressão” e “tem como objetivo levantar suspeitas”. Por outro lado, a advogada de defesa afirmou que o réu “não cometeu nenhum crime”.

O Futebol Clube do Porto pede cerca de 22,5 mil euros a Pedro Guerra. Verba que será dividida em 10 mil euros para o FC Porto, sete mil e 500 euros para o presidente Pinto da Costa e cinco mil euros para o administrador Luís Gonçalves.