Sérgio Conceição revela o que quis dizer com o gesto frente ao Casa Pia
Sérgio Conceição deu a habitual conferência de imprensa de antevisão ao jogo contra o Famalicão que se realiza este sábado. Questionado sobre o gesto que fez na direção do banco do Casa Pia, o técnico dos dragões respondeu, mas não pareceu ter gostado do que se passou.
“A abertura do processo é precisamente pelos comentadores que passaram a semana toda a deduzir o que seria esse gesto. A insinuar que teria sido algo, então, abriu-se um processo porque comentadores do futebol – porque não comentam futebol – pressupõe que o gesto do Sérgio Conceição quer dizer o quê? Porque são afetos ao Benfica, ao Sporting, até ao FC Porto, que têm de ter o tacho e receber o dinheirinho ao fim do mês… Depois, há a abertura de um processo, algo factual e escrito. Contrapondo com o relatório do árbitro, é extremamente difícil de compreensão para mim. Mas estou habituado ao lixo do futebol português, onde sou a primeira figura para toda essa gente, que pensam que me diminuem nalguma coisa. Não é isso que me deixa mais forte, mas cria mais um escudo, uma proteção, para aquilo que sou como treinador e pessoa. Era interessante que esses comentadores… É difícil mudar isso. Vejo, noutros países, comentário de futebol. O porquê de aquele golo acontecer, de tirar, aos 50 e poucos minutos, tirar o Fábio Cardoso e lançar o Veron, o que é que isso implicou na linha defensiva do FC Porto, e o que provocou no jogo. Ninguém quer saber isso, porque percebem muito pouco. O que me deixa triste é que mesmo aqueles que percebem não falam disso, preferem falar do gesto, do meu olhar fulminante, de insinuar ou deduzir… As imagens estão gravadas. Há algum comentário para o outro banco? Sorri. Estava a receber uma proposta de duelo. Quando acabou o jogo, a minha reação foi ir ao túnel buscar duas mini-balizas para fazemos um-contra-um com o senhor que me propôs um duelo. Eu disse ‘Um duelo? Fixe, vamos lá para dentro e fazemos o duelo’. Foi isto que quis dizer. De futebol, não querem saber, pois não?”, disse.