Villas-Boas arrasa gestão financeira do FC Porto “está cada vez pior há muitos anos”
Em 2020, André Villas Boas afirmou que não se candidataria contra Pinto da Costa numa eleição. No entanto, após três anos, o ex-treinador do FC Porto não reiterou essa garantia.
“Dei essa garantia em 2020, quando assinei o livro de candidatura do presidente Pinto da Costa. Com o doutor Rui Moreira, acho que o Fernando Sequeira fez um malabarismo para que ambos assinássemos como número um, assinei com muito gosto, consideração e sentido de pertença a sua candidatura de 2020, que acabou por se traduzir num ato eleitoral onde teve mais rivais e onde sentiu mais a proximidade de um voto silencioso que começa a crescer. Quando fiz essa declaração, o presidente fez outra. Em que possivelmente não se candidataria se eu avançasse para a presidência do FC Porto porque via em mim as capacidades e características pessoais, de personalidade, de sócio e adepto do FC Porto necessárias para a função desta importância. Estamos aqui em duas verdades ou duas inverdades. Ou com duas pessoas que potencialmente poderão ter dito ou que vão fazer algo que disseram que não iam fazer. Vamos ver. Nesta fase não posso adiantar muito mais do que a minha evolução pessoal contínua. E O FC Porto tem temas muito mais importantes para discutir sobre o seu futuro, sustentabilidade económica, a renovação do treinador, que tarda em acontecer. Esse foco tem de estar nessa direção e não noutras. Os nossos inimigos são externos e não internos. Nesta fase não eleitoral o que temos é remar todos no mesmo sentido”, disse Villas-Boas.
Sobre a gestão financeira do clube, o antigo treinador deixou muitas criticas, elogiando apenas Sérgio Conceição. “Nos últimos anos tivemos uma gestão desportiva desenquadrada da realidade financeira do clube. E que muito sucesso nos trouxe fruto de uma pessoa capaz de encarar todos os valores e princípios do FC Porto e uma capacidade de exigência e intransigência invulgares. A verdade é que a situação económica do FC Porto está cada vez pior há muitos anos. E todos o sabemos”, concluiu.