Jogador espanhol diz que foi ameaçado por rejeitar o Benfica
No ano de 2000/01, Carlos Marchena estava a jogar pelo Sevilha quando recebeu a notícia de que seria transferido para o Benfica. Numa entrevista ao portal espanhol “Relevo” esta terça-feira, o ex-defesa espanhol revelou ter se sentido enganado, pois não gostou da maneira como o processo de transferência foi conduzido.
“Eu não queria sair. Disseram-me que tinham de vender jogadores porque não havia dinheiro para pagar a luz. Chegaram-me muitas ofertas. Estive sentado com o Milan, mas o Benfica chegou primeiro e colocou o dinheiro em cima da mesa. Cheguei do Europeu sub-21 e aterrei às dez horas da noite. Os meus pais estavam à minha espera, pensava que ia para casa, mas disseram-me que tinha de ir ao clube. Estavam três senhores à minha espera e disseram-me que estava vendido e eu perguntei: ‘Como assim'”, começou por dizer.
“Fiquei muito desiludido. Eram o presidente Roberto Alés, que descanse em paz, era o presidente, o meu empresário da altura, Rodríguez de Moya e Monchi. Disseram-me que estava vendido ao Benfica e que tinha de ir na manhã seguinte para Lisboa. Disse que não mil vezes e disseram-me mil e uma vezes que sim. Voltei a negar. Houve um homem que fazia de intermediário a ameaçar-me. Disse que se eu não fosse para Portugal, ficava preocupado porque nem na terceira divisão jogaria. Venderam-me e eu fui”, frisou o ex-jogador.