Francisco J Marques arrasa linhas do VAR na vitória do Sporting sobre o Boavista
Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, expressou críticas na noite de terça-feira em relação ao VAR durante o jogo entre o Boavista e o Sporting. Marques argumentou que as linhas de fora-de-jogo no golo anulado ao Boavista estavam mal colocadas.
O representante do FC Porto admitiu que o jogador eslovaco Robert Bozeník poderia estar em posição irregular, mas contestou veementemente a marcação de uma distância de 27 centímetros como indicada na transmissão televisiva.
“Conquistar a credibilidade normalmente demora muito tempo, mas destruí-la é num flash. Está a correr o risco de acontecer que as linhas do fora-de-jogo em que nós, adeptos de futebol, temos de acreditar, começam a levantar dúvidas muito sérias. Novamente num jogo do Sporting estas linhas não estão bem. Se estão bem, que venham explicar”, começou por dizer, no programa Universo Porto do Porto Canal.
“Não estou a dizer que o jogador do Boavista não está fora-de-jogo, porque a mim pareceu-me que estava, mas conheço também gente séria, honesta e verdadeira na análise que acha que ele está em jogo. Na minha análise séria e verdadeira fico com a impressão de que está um bocadinho adiantado, mas não está 27 centímetros. Colocaram a linha em Esgaio, considerando que era o penúltimo jogador mais próximo da linha de baliza, mas não era ele. O Diomande está mais próximo da linha de baliza, o jogador do Boavista até me parece que está fora-de-jogo, não pode é haver estes erros”, continuou.
“É muito importante que o Conselho de Arbitragem aproveitasse aquele programa dos áudios para mostrar como é que isto foi feito. Isto volta a acontecer num jogo do Sporting, num lance que acaba por ser decisivo. Repito, a mim parece-me que o jogador está fora-de-jogo, mas não pode aparecer 27 centímetros. No Rio Ave-FC Porto houve um golo que dava toda a ideia a olho nu de que estava em jogo e apareceu um fora-de-jogo de 2 centímetros. Há um sistema que está a ser implementado, que tem pouca intervenção humana, que é semi-automático, e esse género de investimento vale muito a pena para credibilizar estas coisas. Houve muita gente indignada nas redes sociais e ao vermos estas linhas dá toda a ideia de que isto não está bem. Para que o mundo do futebol não deixe de acreditar nestas linhas, são importantes os esclarecimentos”, concluiu.