Rui Borges, treinador do Moreirense, falou à SportTV após o empate sem golos contra o Benfica e mostrou-se bastante satisfeito com a exibição da sua equipa, mencionado ainda que os encarnados não criaram oportunidades de perigo na segunda-parte.

“Foi uma boa exibição. Os primeiros 20 minutos foram muito intensos com duas equipas a querer ganhar. Poderíamos ter definido e tivemos oportunidades claras de finalização. Podíamos ter saído com um golo. Penso que o Benfica teve dois lances: um remate de Di Maria e um lance de bola parada. Nós tivemos três ou quatro oportunidades claras na área do Benfica nessa primeira parte. Não nos criaram grande perigo. Muito bem a nossa organização defensiva. Sabíamos que na maioria das vezes íamos estar num bloco mais baixo do que o normal por causa da qualidade do adversário. Estivemos muito bem organizados. Na segunda parte não fomos tão claros, faltou-nos um bocadinho mais de intensidade. Baixámos demasiado em alguns momentos, por mérito do adversário. Depois veio ao de cima a nossa organização defensiva, que tem sido clara ao longo da época. É mais um jogo com baliza a zeros. Não me lembro do Benfica ter criado uma clara oportunidade de golo na segunda parte. Andou perto da nossa área, mas nós sempre bem organizados, tranquilos nesse sentido, bem claros nos espaços que tinham de ocupar. Não me lembro de uma oportunidade clara do Benfica”, começou por dizer.

“Penso que sim. Por tudo o que foi o jogo. Pela maior posse de bola do adversário, pela qualidade do adversário em si, mas também penso que pela primeira parte que fizemos, principalmente nos primeiros vinte minutos onde criámos oportunidades e saímos em alguns ataques rápidos, que poderíamos ter definido de outra forma na zona de finalização. O resultado acaba por ser justo”, respondeu quando questionado sobre se o resultado era justo.

“Fico feliz acima de tudo pela equipa. É um orgulho vê-los a jogar e a demonstrar uma qualidade enorme. É uma equipa, como eu disse ontem na antevisão, corajosa e ambiciosa. Não se cansa de ganhar. Nunca olha para o passado. Vamos seguir, vamos à procura dos próximos três pontos, sempre respeitando o adversário seja o primeiro seja o último classificado porque todos têm qualidade, todos têm as suas virtudes e os seus defeitos. Os três pontos são a ambição em cada jogo. Mais do que pensar e ter uma ambição descabida, porque às vezes podíamos entrar aqui em ‘pezinhos de lã’ por estarmos em sexto, poderíamos estar contentes com isso. Estamos cientes das dificuldades. Trabalhámos imenso nos últimos jogos, mas os que vêm pela frente vão ser ainda mais difíceis do que os que passaram. A equipa dá uma demonstração de caráter e de personaldiade fora do normal”, concluiu.