FC Porto volta a incumprir o fair-play financeiro e vai ter nova vigilância apertada por parte da UEFA
O FC Porto enfrentou uma situação delicada no que diz respeito ao Fair Play Financeiro. Durante o período de controlo entre outubro de 2023 e janeiro de 2024, o clube não cumpriu as regras estabelecidas pela UEFA. Isso é surpreendente, considerando que, nas contas referentes ao primeiro semestre da temporada, a SAD registou um lucro de 35 milhões de euros.
O FC Porto será obrigado a pagar uma multa, estimada em cerca de dois milhões de euros. O pagamento dessa multa resultará na suspensão da exclusão das competições europeias, que é a penalidade mais severa que poderia ser aplicada.
No entanto, os procedimentos habituais do Órgão de Controlo Financeiro de Clubes (OCFC) da UEFA indicam que o FC Porto será submetido a uma vigilância rigorosa em relação às suas finanças. A suspensão da exclusão implica que qualquer nova falha nos próximos três anos pode resultar na exclusão do clube das competições continentais.
A decisão final da UEFA só será conhecida após as eleições do FC Porto, marcadas para 27 de abril. Portanto, o clube terá que resolver esse assunto durante o mandato da próxima direção.
Em março, o administrador financeiro Fernando Gomes visitou a sede da UEFA, em Nyon, para esclarecer questões contabilísticas que levantaram preocupações ao OCFC. Ele buscou evitar a aplicação da multa ou, pelo menos, reduzir a sua gravidade.
Embora os dados apurados indiquem que o FC Porto normalizou as suas contas no final de março, isso não anula a possibilidade de uma sanção severa pelo período anterior. O presidente do clube, Pinto da Costa, mencionou essa circunstância numa entrevista à SIC, mas não explicou a falha anterior.
“No dia 31 de março, que era o prazo máximo, o FC Porto estava rigorosamente em dia e na ordem correta. Tenho absoluta certeza de que não vamos violar o Fair Play Financeiro da UEFA”, afirmou o líder dos dragões na ocasião.