Vários vídeos integrados no processo da ‘Operação Bilhete Dourado’ implicam Fernando Madureira e a sua esposa, Sandra, mostrando uma linha de montagem dedicada à venda de bilhetes. O Ministério Público aponta que grandes quantias de dinheiro estavam envolvidas, mas a maioria não chegava ao FC Porto. A procuradora afirma que Fernando Saul e Cátia Guedes, funcionários do clube, facilitavam o esquema liderado por ‘Macaco’, chefe da claque Super Dragões.

As imagens divulgadas pelo Correio da Manhã, captadas no ano passado no café do Museu do Porto, mostram ‘Macaco’, agora preso, e a sua esposa a venderem bilhetes, juntamente com Hugo Carneiro, conhecido como ‘Polaco’. Este último, também dos Super Dragões e preso no âmbito da ‘Operação Pretoriano’ por violência numa assembleia geral, foi filmado com grandes quantias de dinheiro. Outro membro da claque, ‘Avintes’, também aparece nas filmagens a vender bilhetes perto do estádio.

‘Macaco’ tinha acesso a bilhetes para venda a preços reduzidos dentro dos Super Dragões, mas estes bilhetes chegavam a todos os adeptos. Os suspeitos também obtinham bilhetes marcados como ‘relações-públicas’, ‘convites’, ‘sócios atletas’ e até ‘recursos humanos’, que vendiam no mercado negro. Em imagens captadas este ano, perto das eleições do FC Porto, João ‘Gato’, dos Super Dragões, foi filmado a vender bilhetes perto do estádio, demonstrando que o esquema continuou mesmo após a prisão de ‘Macaco’, agora liderado pela filha Catarina.

Fernando Madureira apanhado a vender bilhetes. pic.twitter.com/0gBIqU6EPD

— Futebol Divertido (@FutebolDiverti) May 16, 2024