Emanuela Rusta, árbitra albanesa nomeada para dirigir o encontro entre o Sporting e o Real Madrid, marcado para quinta-feira, na 2.ª eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, tem enfrentado estereótipos machistas ao longo da sua carreira. Recentemente, a árbitra teve de encerrar as suas redes sociais devido ao elevado número de mensagens sexistas que recebia.

Rusta, que foi a primeira mulher a apitar na Superliga albanesa e a ser árbitra internacional, defende que deve ser avaliada pelo seu profissionalismo e não pelo seu género. Em declarações à AFP, afirmou: “Deviam concentrar-se mais no meu profissionalismo do que em outros aspetos”, criticando manchetes que a descrevem como a “árbitra sexy”. Para ela, é essencial “quebrar o teto de vidro” e sublinha que a arbitragem depende de competência, não de género.

A árbitra, que também é professora de Educação Física, espera que num futuro próximo se veja uma equipa de arbitragem totalmente feminina a dirigir jogos da categoria mais elevada do futebol masculino. No jogo contra o Real Madrid, terá como assistentes Erinda Kume e Mirjeta Sala, com Eglantina Pjetrushaj como quarta árbitra.