Javi Garcia saiu em defesa de António Silva após as várias críticas dos adeptos

Javi García, antigo jogador e adjunto do Benfica, abordou vários temas numa entrevista ao Canal 11, destacando a qualidade de António Silva, Di María, Otamendi e João Neves.
O espanhol saiu em defesa de António Silva, que tem sido alvo de críticas. “É futebol. Para mim, o António é um central de topo. Vai ser, seguramente, o central da Seleção nas próximas épocas. O futebol tem momentos bons e momentos maus. Contra o Barcelona, até fez um bom jogo, é uma pena que aquele passe tenha caído nos pés do Raphinha, que do nada fez aquele golo. O António tem algo de especial, tem uma mentalidade muito forte para estar em qualquer balneário. Quando vejo jogadores com esta mentalidade e personalidade, que não se importam de quem está a falar deles… Vai dar a volta e fazer um grande jogo esta terça-feira.”
Além disso, destacou a importância de Otamendi na equipa. “Otamendi é a mesma mentalidade. Ter jogadores como eles é espetacular. É muito importante ter jogadores assim no balneário. Depois, há o segredo do treinador, para não ficarem chateados, tentar entrar na cabeça desses jogadores e que o discurso seja para que não fiquem chateados [quando não jogam].”
Sobre Di María, Javi García, que partilhou o balneário com o argentino em dois momentos, foi claro: “Tenho uma relação muito boa com o Ángel, já a tínhamos quando éramos colegas. Ver um jogador que ganhou tudo e a fome que ele tem em cada jogo e treino, é algo incrível. Não sei até quando vai jogar, mas tem essa fome todos os dias por competir.” E acrescentou: “Para mim, jogava sempre no Benfica. Ter um jogador como ele é para jogar, está a fazer golos e assistências. Depois, há o treinador, que tem de saber gerir e como colocar alguns jogadores para não sofrer em alguns aspetos do jogo. Mas, para mim, Di María tem de jogar sempre.”
O espanhol também recordou a sua experiência como adjunto de Roger Schmidt, destacando João Neves como uma das grandes revelações. “Quando o João Neves começou a ir aos treinos, ficámos apaixonados por ele como jogava, pela dedicação, pelo empenho em cada treino e, como miúdo, é algo espetacular. Está a fazer uma grande época. É o tipo de jogador que não importa a equipa onde joga, os adeptos vão adorar. Quando deixam o estádio, todos falam dele. Em Paris é igual. Vai ter uma carreira espetacular.”
Javi García, que ainda reside em Portugal, garantiu que adorou a experiência de treinador adjunto e que pretende seguir essa carreira no futuro. “Ser treinador é uma história diferente de jogador. É muito complicado. Como jogador só cuidas de ti, como treinador tens de pensar em trinta pessoas. É complicado, mas adorei a experiência e vou tentar ser treinador.”