O FC Porto arrisca-se a ficar fora da Liga dos Campeões pelo segundo ano consecutivo, algo que nunca aconteceu desde que a prova adotou o atual formato, em 1992. A equipa de Martín Anselmi está a nove pontos do Sporting e a seis do Benfica (que tem um jogo em atraso) e, caso não recupere terreno, poderá ficar novamente de fora da principal competição europeia.

Além do impacto desportivo, a ausência na Champions League representa um rombo financeiro de 100 milhões de euros, um valor que a SAD portista procura atenuar. Para minimizar as perdas, foram feitas vendas importantes em janeiro, como a de Galeno ao Al Ahli por 50 milhões de euros e a de Nico González ao Manchester City por 60 milhões de euros.

Outro fator que poderá ajudar a equilibrar as contas é a participação no Mundial de Clubes nos Estados Unidos, onde a FIFA distribuirá 930 milhões de euros pelos 32 clubes participantes. O FC Porto espera encaixar cerca de 15 milhões de euros, o que, apesar de não compensar totalmente as perdas, será uma ajuda significativa.

Se os dragões não conseguirem recuperar na tabela, terão não só o apuramento para a Champions em risco, mas também a luta pelo terceiro lugar ameaçada pelo SC Braga. Ficar fora do top 3 da Liga portuguesa seria um marco negativo, já que não acontece há 49 anos, desde a temporada 1975/76, antes mesmo de Pinto da Costa assumir a presidência do clube.

Para evitar este cenário, o FC Porto terá de vencer praticamente todos os jogos até ao final da época e esperar que Sporting e Benfica percam pelo menos três partidas.