André Villas-Boas já falou em tribunal no âmbito da Operação Pretoriano

A terceira sessão do julgamento da Operação Pretoriano decorre esta quinta-feira no Tribunal de São João Novo, no Porto, com André Villas-Boas a prestar depoimento. O presidente do F. C. Porto afirmou que o clube foi “lesado em vários milhões de euros” devido a um protocolo praticamente inexistente com as claques. Segundo Villas-Boas, os novos estatutos iriam facilitar o financiamento dos grupos organizados de adeptos e retirar direitos aos sócios, tornando as eleições mais vulneráveis a manipulações.
Villas-Boas também criticou a passividade dos órgãos sociais face a episódios de violência na Assembleia Geral Extraordinária, referindo que os seus apoiantes foram tratados de forma agressiva. O dirigente mencionou que a sua candidatura recebeu informações sobre a tentativa de recolha de cartões de sócio por parte de núcleos de adeptos organizados. Acrescentou que solicitou a intervenção da polícia devido ao clima de intimidação.
O presidente do F. C. Porto desmentiu a notícia de que Bruno Branco, agente da PSP e um dos seus apoiantes, lhe tenha prestado serviços de segurança. Além disso, rejeitou qualquer ligação familiar a funcionários do clube, negando conhecer Gustavo Villas-Boas Ricca, alegadamente ligado ao departamento de scouting.
Villas-Boas reforçou que considerava abusivo o clube suportar despesas pessoais de elementos dos Super Dragões, classificando isso como um privilégio indevido. Relatou ainda que, durante a AGE, se apercebeu da alteração do local da reunião e decidiu não participar, preferindo prestar declarações à comunicação social.
O julgamento prossegue, com testemunhos e declarações de arguidos a serem analisados pelo tribunal.