A operação “Bilhete Dourado”, que levou à constituição de 13 arguidos e originou-se de uma certidão da operação “Pretoriano”, poderá levar o FC Porto a constituir-se assistente no processo. A nova Direção do clube está seriamente a considerar esta medida, enquanto a atual SAD mantém-se em silêncio. André Villas-Boas destacou a análise ao sistema de bilhética como uma das principais promessas da sua campanha eleitoral. No entanto, essa decisão só deverá ser tomada após o novo presidente assumir funções na sociedade, o que está previsto para a Assembleia Geral marcada para 28 de maio.

“Vou colocar-me como assistente no processo que está em curso [Pretoriano] para perceber o que aconteceu ao dinheiro”, garantiu André Villas-Boas num discurso feito no dia 17 de Março na Casa do FC Porto de Argoncilhe.

As autoridades realizaram diligências no domingo, recolhendo provas nos escritórios da Porto Comercial e na Loja do Associado do Estádio do Dragão, o que facilitou a tarefa de Villas-Boas. Ele prometeu ser implacável contra quem tenha prejudicado o FC Porto.

Embora o Ministério Público não tenha especificado o valor que não entrou nos cofres do clube, afirmou, no mandado de busca e apreensão que “não existem dúvidas” de que “várias pessoas” lucraram significativamente com esta atividade alegadamente criminosa, que “lesa claramente” o FC Porto.