As declarações de José Tavares após a derrota do FC Porto frente ao Olympiacos
Após a derrota por 1-0 frente ao Olympiacos, José Tavares, treinador interino do FC Porto, lamentou as dificuldades em chegar ao empate, apesar das oportunidades criadas:
Primeira parte positiva, mas falta de finalização: “A equipa entrou em campo com muito caráter, vontade de dar a volta à situação e intensa à procura do golo. Quando o golo não aparece ao início, gera alguma desconfiança. Um adversário organizado, meio imprevisível. Mas foi uma 1.ª parte positiva, mostrámos para o que vínhamos.”
Segunda parte e ansiedade: “Na 2.ª parte não entrámos tão bem, tentámos ajustar, fizemos uma substituição. Não fomos tão capazes de chegar de forma controlada à baliza. O jogo começou a partir e aí a ideia de jogo deles está mais adaptada, gerou algum desconforto aos nossos jogadores, que com a ansiedade a aparecer… Acabámos por sofrer o golo numa infelicidade. A equipa voltou a acreditar que era capaz de empatar, não de forma tão organizada, mais com o coração do que com a cabeça. Criámos situações suficientes para empatar, mas infelizmente não fomos capazes de marcar. Fica o resultado de 1-0, mas uma resposta com caráter, esforço e dedicação, com os jogadores a mostrar que querem muito dar a volta à situação.”
Falta de definição nas oportunidades: “Na 1.ª parte tivemos várias aproximações à área, com cruzamentos, passes interiores e situações de um para um. Mas houve más decisões que criaram alguma desconfiança. O compromisso e o caráter foram inexcedíveis, contra uma equipa que veio quase com vontade de empatar e acaba por ganhar, com infelicidade nossa.”
Mudanças e vontade de reagir: “Não foi pelas mudanças que o jogo ficou mais anárquico. Quando sofremos, sentimos que tínhamos de ir para a frente o mais rápido possível. Introduzi variabilidade para encontrar movimentos na profundidade, mas se antes já havia intranquilidade, a ansiedade cresceu. Criámos situações suficientes para fazer o empate.”
Mensagem à equipa: “Encontrei uma equipa com vontade de dar a volta. No final, temos uma equipa que mostrou a vontade e a capacidade que tem, que quer mudar os resultados. Sabem que é preciso mudar mais uma ou outra coisa, mas o caminho é confiar neles próprios, trabalhar mais e ser o mais coletivos possível, assumindo a responsabilidade de cada um.”