Ruben Amorim destacou o “espírito” dos jogadores do Manchester United após a vitória sobre o Arsenal nos penáltis (1-1, 3-5), que garantiu a passagem à 4.ª eliminatória da Taça de Inglaterra. Em conferência de imprensa, elogiou a capacidade da equipa de sofrer e superar as dificuldades, especialmente após a expulsão de Diogo Dalot:

“Acho que jogámos bem, especialmente na 1.ª parte. Fomos melhores nas bolas paradas, mais agressivos. Mostrámos um espírito diferente, mesmo com 10 jogadores. Estamos a melhorar nesse aspeto. A expulsão tornou tudo mais difícil. Sofremos juntos, defendemos muito bem, mas sentimos desde o primeiro minuto que hoje era o nosso dia. Foi muito bom para nós nesse aspeto. Mas ainda precisamos de melhorar.”

Questionado sobre o penálti do Arsenal e a capacidade da equipa em sofrer, afirmou:
“Os jogadores disseram-me que não era penálti, mas temos de continuar e focar no próximo jogo. Se marcarmos primeiro, ajuda-nos a sofrer. Estamos a perceber melhor a maneira como jogamos. Dá para controlar o jogo em certas alturas. Não é ótimo, mas é importante enquanto equipa.”

Sobre a evolução dos jogadores, acrescentou:
“Parte da ideia está a ficar mais clara. Jogadores como Garnacho precisam de aprender a jogar por dentro e por fora. A ideia ainda precisa de tempo, mas no que toca a saber sofrer, acho que estamos a melhorar.”

Amorim também destacou a importância dos momentos decisivos:
“O penálti falhado do Arsenal foi muito importante. Com menos um jogador, pressionar torna-se muito difícil. Altay e Zirkzee foram decisivos. A vida de futebolista tem ciclos. Altay, que foi criticado contra o Tottenham, hoje foi herói. Zirkzee teve problemas com os adeptos, mas marcou o último penálti. A vida é assim, têm de continuar humildes.”

Sobre Rashford, foi evasivo:
“Ainda é nosso jogador. Tem de trabalhar e representar o clube que ama. Mas tenho de tomar decisões. Vamos ver o que acontece no próximo jogo.”