As declarações de Sérgio Conceição após uma estreia memorável pelo AC Milan
Sérgio Conceição teve uma estreia memorável como treinador do Milan ao vencer a Juventus por 2-1, garantindo a vaga na final da Supertaça de Itália contra o Inter. Apesar de a Juventus ter perdido Francisco Conceição no aquecimento, os bianconeri saíram na frente, mas os rossoneri deram a volta ao marcador em quatro minutos, com um golo de Pulisic (71’) e um autogolo de Gatti (75’). Após o jogo, o Milan celebrou com uma rodinha, um gesto característico de Conceição nos tempos do FC Porto.
“É preciso ter paixão na vida. O futebol é paixão, emoção. São momentos bonitos. Mereceram a segunda parte que jogaram, mereceram estar na final. Na primeira parte, vi um Milan com dúvidas, lento na circulação. Mudámos ao intervalo, falámos, olhámos nos olhos uns dos outros. Tinham de perceber o que fazer para ganhar este jogo. Se perdêssemos por dois ou três a zero, a culpa era minha. Mas ainda não ganhámos nada. Temos de descansar, vamos ter menos um dia de descanso e isso pode ser importante,” afirmou Conceição.
Sobre os primeiros dias no Milan, acrescentou: “Após os primeiros 45 minutos no balneário, não beijei os jogadores. Fiquei um pouco zangado porque não fizeram o que tínhamos preparado. Estou a viver este momento com um grupo humilde e de qualidade, mas falta-nos aquela boa maldade para ir mais além. Os jogadores precisam de palavras boas, mas também de algumas pancadas. Eu não sou muito simpático, não gosto de abraços. Estou aqui para ganhar, não para fazer amigos.”
Após o encontro, Sérgio Conceição reencontrou o filho Francisco, agora adversário: “Estava tranquilo, feliz por mim, mas também triste. Faz parte da vida.”
Quanto à possibilidade de contar com Rafael Leão na final, Conceição afirmou: “Veremos. Hoje treinou próximo do que é necessário fisicamente, mas penso que não estará presente amanhã. Vamos ver depois.”