Após a vitória épica do Milan sobre o Inter por 3-2 na final da Supertaça de Itália, Sérgio Conceição comentou a performance da equipa e os desafios que enfrenta no comando técnico dos rossoneri. Em declarações à Sportmediaset, o treinador português não poupou elogios aos seus jogadores e delineou o caminho que acredita ser necessário para devolver o Milan ao topo.

Conceição destacou a dificuldade do ambiente e o pouco tempo de trabalho:
“Estou muito feliz pelos jogadores porque não foi fácil. O ambiente não era ideal, e tivemos poucos dias para trabalhar muitos detalhes importantes para mim nestes dois jogos, especialmente porque enfrentámos duas grandes equipas.

Sobre a adaptação rápida ao Milan:
“O crédito vai para os jogadores, que absorveram tudo o que trabalhámos. É claro que houve erros, porque o adversário tem qualidade, e podemos melhorar, mas eles estão cientes disso.”

Sobre objetivos futuros:
“Com humildade, podemos ter meses importantes, mesmo na Liga dos Campeões, onde podemos almejar estar entre as melhores equipas, e também no campeonato, onde o Milan deve estar, não em sétimo lugar como agora. Agora, vamos focar-nos no Cagliari.”

Sobre ajustes durante os jogos:
“No intervalo, o treinador precisa de gerir, corrigir coisas, é parte do meu trabalho, e é para isso que sou pago. Se queremos ser compactos, todos os setores são importantes. Precisa haver menos distância entre eles. Sei a qualidade que os nossos defesas têm, mas os médios também podem fazer melhor. Precisam de ter coragem.”

Sobre a mentalidade necessária para o Milan:
“Se queremos voltar a ser o grande Milan, é preciso ter coragem, desejo e fome, sem medo de espaços defensivos. A linha defensiva não é fácil de organizar, mas estamos a trabalhar nisso. Temos pouco tempo, mas eles são inteligentes, são internacionais, e compreendem o que queremos.”

Sobre o trabalho com a equipa:
“Não é fácil porque não temos uma semana completa para nos focarmos inteiramente no treino. Parabenizo os jogadores porque entenderam o que precisávamos fazer para vencer.”

Sobre Rafael Leão:
“Leão? Ele é um fenómeno. Disse-lhe isso depois do jogo, conheço-o há muito tempo. Ele é português como eu, mas é mais descontraído, enquanto eu sou mais intenso. Ele pode ser o melhor jogador do mundo porque tem tudo, só precisa de entender duas ou três coisas em campo. Ele tem tanta qualidade, e se a colocar ao serviço da equipa, será ainda mais forte. Se continuar assim na próxima temporada, pode tornar-se o melhor.”