As novas regras na arbitragem que podem mudar o futebol para sempre
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O futebol pode estar prestes a sofrer mudanças significativas com a introdução de novas regras. Este sábado, o International Football Association Board (IFAB) reúne-se para discutir e aprovar alterações que podem revolucionar o jogo, incluindo uma nova versão do VAR, a modificação da regra do fora de jogo e medidas para combater o anti-jogo.
Lei Wenger: Uma nova definição de fora de jogo
Uma das principais propostas em debate é a chamada Lei Wenger, inspirada no ex-treinador Arsène Wenger, que há muito defende a sua implementação. A ideia é que um jogador só seja considerado em fora de jogo se estiver totalmente à frente do último defensor, sem contar com o guarda-redes.
Atualmente, basta que uma parte do corpo do atacante (exceto os braços) esteja adiantada para que o fora de jogo seja assinalado. Esta possível alteração beneficiaria os avançados e poderia aumentar o número de golos no futebol.
Um Novo VAR mais simples e acessível
Outra mudança em análise é a introdução de um VAR mais acessível, pensado para competições com menos recursos financeiros. Este sistema não teria uma sala exclusiva de videoarbitragem nem árbitros a reverem todas as jogadas. Em vez disso, os treinadores teriam direito a dois pedidos de revisão por jogo para analisar possíveis erros.
A ideia é tornar o VAR menos complexo e dispendioso, permitindo que mais ligas e torneios possam utilizá-lo.
Combate ao Anti-Jogo e à Perda de Tempo
A IFAB também pretende implementar medidas para reduzir as perdas de tempo, especialmente as causadas pelos guarda-redes. Atualmente, a regra determina que um guarda-redes só pode segurar a bola durante seis segundos, mas este limite é frequentemente ultrapassado.
Para resolver este problema, a IFAB estuda um novo sistema que aumentaria o limite para oito segundos e mudaria a penalização: em vez de um livre indireto, a equipa adversária ganharia um pontapé de canto ou um pontapé de baliza, dependendo da situação. Além disso, o árbitro indicaria a contagem decrescente com os dedos, como já acontece no futsal.
Se aprovadas, estas mudanças podem ter um impacto significativo na forma como o futebol é jogado nos próximos anos.