Beste revelou o culpado da sua saída do Benfica

Jan-Niklas Beste refletiu sobre a sua curta passagem pelo Benfica, atribuindo parte do insucesso à saída inesperada de Roger Schmidt. Em entrevista ao Bild, o esquerdino revelou que o compatriota foi responsável tanto pela sua contratação como pela sua saída do clube.
“Portugal é um ótimo país, Lisboa é uma ótima cidade e o clima é sempre ótimo. Quando mudei de clube, pensei que ficaria lá pelos próximos cinco anos [até 2029, no fim do contrato]. Mas eu simplesmente não me sentia confortável. Eu queria voltar para a Alemanha. O meu plano original era esperar até o verão. Nunca imaginei que o regresso seria possível no inverno. Quando surgiu a oportunidade, fiquei extremamente feliz”, começou por contar Beste.
O jogador relembrou que Roger Schmidt foi quem pediu a sua contratação ao Heidenheim no verão passado, mas a demissão repentina do treinador apanhou-o de surpresa. “Às vezes acontecem coisas que não consegues prever… Ele [Roger Schmidt] queria contratar-me. Fiquei a saber da sua demissão pela comunicação social”, afirmou.
Beste recordou ainda o empate com o Moreirense, que levou à saída de Schmidt: “Tivemos um jogo fora de casa e empatámos. Um dia depois tivemos treino normal. Quando cheguei em casa naquela noite, li na internet que não tínhamos mais treinador. Nunca tinha experienciado algo assim antes. Também não pensei que isso aconteceria de forma tão rápida. Mandei-lhe uma mensagem breve. Ele disse que lamentava o facto de ter acabado tão depressa.”
Além disso, o alemão destacou a dificuldade em se adaptar ao clube e revelou que a barreira linguística dificultou a comunicação com Ángel Di María, apesar de ter elogiado o argentino. “Di María tem uma qualidade incrível, o que ficou evidente em todos os treinos. E fora do campo ele também era totalmente relaxado e tranquilo. O problema era que eu não conseguia falar com ele. Foi relativamente difícil com o idioma. Ele não falava inglês corretamente. Mas, de alguma forma, conseguíamos comunicar”, concluiu.