Boavista com mais um treino cancelado e funcionários fazem greve
O Boavista cancelou o treino matinal de hoje devido aos atrasos salariais reportados pelos funcionários do Estádio do Bessa, no Porto, que repetiram o protesto realizado pelos médicos do clube da Primeira Liga de futebol no dia anterior.
Uma fonte relacionada com o assunto confirmou à agência Lusa que os funcionários recusaram abrir as portas das instalações do clube, impedindo a equipa treinada por Petit de aceder ao campo onde costuma treinar, adjacente ao estádio.
No sábado, a administração da Boavista SAD tinha pagado os salários em atraso solicitados pelos profissionais do departamento médico do clube, cuja falta de disponibilidade levou ao cancelamento do treino antes do jogo contra o Famalicão (2-2).
A realização do jogo da sétima jornada poderia estar em risco, uma vez que, de acordo com o terceiro ponto do artigo 61.º do Regulamento das Competições organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), é obrigatória a presença de um médico no banco de suplentes, uma situação que estará garantida com a regularização dos salários.
Além disso, o presidente do Boavista, Vítor Murta, admitiu recentemente que havia salários em atraso na estrutura do clube, que, durante o verão, teve restrições da FIFA para inscrever novos jogadores devido a esses atrasos.
O defesa norte-americano Reggie Cannon, oficialmente transferido para o QPR, da segunda divisão inglesa, na terça-feira, rescindiu unilateralmente com o Boavista em junho, alegando salários em atraso. O processo seguiu para a FIFA e os tribunais civis para determinar a justa causa e uma possível indemnização.