A Taça Libertadores voltará a ter um treinador português na final, desta vez com Artur Jorge a liderar o Botafogo, após uma qualificação dramática frente ao Peñarol. Apesar de ter perdido a segunda mão por 3-1, a equipa brasileira beneficiou da vitória expressiva por 5-0 obtida no primeiro jogo em casa, garantindo assim a vaga na decisão.

O Peñarol iniciou o encontro com determinação, e foi Jaime Báez, ao minuto 31, quem deu esperança aos adeptos uruguaios ao marcar um excelente golo de longa distância.

Ao intervalo, com apenas um golo de diferença, a tarefa do Peñarol continuava difícil, e a tensão aumentou com um gesto insólito do guarda-redes uruguaio, Washington Aguerre, que pisou o guarda-redes adversário, John, a caminho dos balneários. A atitude, flagrante diante do árbitro, resultou numa expulsão direta de Aguerre.

Mesmo com dez jogadores, o Peñarol chegou ao 2-0 aos 66 minutos, com outro grande remate de Báez, reacendendo as esperanças de uma reviravolta.

No entanto, o Botafogo também enfrentou contratempos, com o jovem defesa uruguaio Mateo Ponte, lançado aos 58 minutos, a ser expulso apenas 11 minutos depois, ao ver dois cartões amarelos quase consecutivos.

A tranquilidade chegou para Artur Jorge apenas aos 88 minutos, quando Thiago Almada marcou para o Botafogo, numa jogada em transição que envolveu uma tabela com Marlon Freitas.

Facundo Batista marcou o 3-1 para o Peñarol logo a seguir, mas o Botafogo já tinha assegurado o apuramento. Pela primeira vez, a equipa brasileira chega à final da Libertadores, sob a orientação de um treinador português. O jogo decisivo será a 30 de novembro, no Estádio Monumental de Buenos Aires, contra o Atlético Mineiro, que eliminou o River Plate na meia-final anterior.