Cândido Costa reagiu à morte de Pinto da Costa com uma curiosa revelação

Cândido Costa, no artigo publicado no ‘Expresso’ deste domingo, recordou momentos vividos ao lado de Pinto da Costa, tanto como jogador do FC Porto quanto como comentador no Porto Canal. Em particular, destacou um episódio curioso ocorrido quando se encontraram à porta do estádio do Moreirense.
“Já não estávamos à conversa há algum tempo. Cumprimentei-o:
- ‘Então presidente, tudo bem?’
- ‘Tudo bem. Então Cândidinho você ainda tem os cães?’
Isto porque o presidente recordava-se que quando jogava no FC Porto eu tinha dois Boxers e dois São Bernardos. E ele gostava muito de animais. Era motivo de conversa na altura e foi motivo de conversa nessa ocasião. Perguntou-me se eu ainda tinha muitos cães e eu disse-lhe que não.
- ‘Mas tenha sempre um, tenha sempre um animal porque olhe, se você colocar na mala do seu carro a sua esposa ou algum amigo, e passadas três ou quatro horas abrir a mala, ele vai injuriá-lo, vai-se zangar consigo, vai-lhe chamar de tudo, e vocês vão ter um problema. Se você fizer isso ao seu cãozinho, quando abrir a mala ele vai saltar de felicidade por vê-lo, para abraçá-lo, para lhe dar festas.’
Não é que fiquei a pensar naquilo durante bastantes horas? Com aquela forma de ser e com aquele jeito dele acabou por dar-me um recado em relação ao amor que os animais são capazes de transmitir-nos.”
Cândido Costa finalizou a memória destacando o lado humano de Pinto da Costa e a forma como, até nos pequenos detalhes, este transmitia mensagens significativas.