César Boaventura em liberdade após dois anos com pulseira eletrónica
César Boaventura, empresário ligado ao futebol, que estava em prisão preventiva com pulseira eletrónica há quase dois anos, foi libertado na última quinta-feira. A sua libertação ocorreu durante o seu depoimento no julgamento da “Operação Malapata”. O coletivo de juízes decidiu alterar as medidas cautelares, concedendo-lhe liberdade total, mesmo faltando duas sessões para a decisão final do processo.
Boaventura está a ser julgado no Tribunal São João Novo, no Porto, por crimes de burla qualificada, fraude fiscal, falsificação de documentos e branqueamento de capitais. O Ministério Público alega que o empresário esteve envolvido em transferências de jogadores e movimentações financeiras com “milhares de euros”. Ele enfrenta um total de 10 acusações. O tribunal ainda precisa ouvir uma testemunha, e as alegações finais são previstas para 10 de janeiro.
Além disso, Boaventura enfrenta uma acusação adicional por corrupção, relacionada à suposta tentativa de compra de três jogadores do Rio Ave e um do Marítimo na época 2015/2016, visando facilitar jogos contra o Benfica. Apesar das alegações de que tais tentativas de corrupção poderiam beneficiar o Benfica, o Ministério Público não encontrou indícios de que alguém na estrutura benfiquista tenha solicitado a Boaventura para “comprar” os jogadores. Portanto, as suspeitas contra a Benfica SAD foram arquivadas.