Colina falou do tempo de compensação que agora é dado nos jogos de futebol
Pierluigi Collina, de 63 anos, que atualmente preside ao Comité de Árbitros da FIFA, discutiu o assunto da duração efetiva do jogo, que também é um tópico muito debatido em Portugal. O antigo árbitro reconheceu que, durante muito tempo, adeptos, jogadores, treinadores, clubes, organizadores de competições e meios de comunicação social têm apontado que os jogos de futebol não têm tido um tempo de jogo efetivo suficiente, e que este é um problema que precisa de ser resolvido e disse mesmo que “consideraram inaceitável que um jogo de futebol tenha menos de 50 minutos de duração, como temos visto muitas vezes”.
“A FIFA e o International Football Association Board (IFAB) foram solicitados a lidar com esta questão e foram propostas algumas soluções possíveis, incluindo o sistema “stop-the-watch”. Após um processo de consulta em que participaram representantes de todas as Confederações, incluindo a UEFA, o IFAB recomendou que os árbitros calculassem o tempo adicional com maior precisão, fazendo cumprir os critérios estabelecidos nas Leis do Jogo (Artigo 3, Lei 7).”, começou por dizer.
“Não se trata de adicionar minutos ao jogo, mas sim de compensar o tempo quando os jogadores não estão a jogar, e apenas em circunstâncias específicas.» Lembrou a seguir que «desde há muito que os árbitros compensavam o tempo perdido na lesão e substituição de cada jogador adicionando 1 minuto e 30 segundos respetivamente, e uma vez introduzido o VAR, também o tempo perdido na sua intervenção era compensado, mas muitas vezes esse tempo não correspondia ao que realmente se perdeu.”, continuou.
O presidente elogiou ainda as equipas de arbitragem. “Elogiar os árbitros, pois aplicaram corretamente o que foi recomendado pelo IFAB, inclusive nas competições da UEFA. Na verdade, é interessante notar que nos jogos de ‘playoff’ disputados recentemente, o tempo adicional médio dado foi de 10 minutos na Liga dos Campeões, 9 minutos e 12 segundos na Liga Europa, e 10 minutos e 8 segundos na Liga Conferência.”
“Isto está completamente em linha com o que temos visto em todo o mundo [em Portugal o tempo tem sido muito superior ao descrito pelo ex-árbitro]”, concluiu Colina.