Jim Ratcliffe, coproprietário do Manchester United, admitiu que poderá abandonar o clube caso a pressão dos adeptos se torne insustentável. Desde que comprou 25% do clube, em fevereiro do ano passado, o bilionário britânico tem sido alvo de duras críticas devido às mudanças que implementou, especialmente cortes financeiros e despedimentos, sem que os resultados desportivos tenham melhorado.

Numa entrevista ao The Times, Ratcliffe afirmou que não se importa de ser impopular, pois entende a frustração dos adeptos com a situação da equipa. No entanto, deixou claro que há limites: “Se eu atrair um pouco da ira dos adeptos, posso suportar. Mas se chegar ao ponto que a família Glazer foi abusada, terei que dizer ‘basta, rapazes, deixem outra pessoa fazer isto’.” O empresário revelou ainda que, desde que assumiu a sua parte do clube, não teve qualquer contacto com os Glazer, que se afastaram dos holofotes.

Desde a sua chegada, Ratcliffe já demitiu mais de 400 funcionários, reduziu benefícios internos, aumentou os preços dos bilhetes e até dispensou Sir Alex Ferguson do cargo de embaixador do clube, cortando custos anuais de cerca de 2,5 milhões de euros. Estas medidas, aliadas ao mau desempenho da equipa, intensificaram as críticas dos adeptos.

Atualmente, o Manchester United encontra-se no 15.º lugar da Premier League e enfrenta o Leicester na 29.ª jornada. O técnico Ruben Amorim tenta reverter o mau momento da equipa, enquanto Ratcliffe lida com a crescente insatisfação da massa associativa.