Duas atletas estão a ser acusadas de serem homens e a polémica rebentou nos Jogos Olímpicos
Uma nova polémica emergiu nos Jogos Olímpicos de Paris, relacionada com a competição de boxe feminino que começa na próxima quinta-feira. O Comité Olímpico Internacional (COI) está no centro das críticas após permitir a participação das pugilistas Lin Yu-ting, de Taiwan, e Imane Khelif, da Argélia, ambas desqualificadas no Mundial de 2023 por não passarem nos testes de elegibilidade de género.
As atletas, que competem nas categorias de -57kg e -66kg, respetivamente, foram desqualificadas nos Campeonatos do Mundo em Nova Deli, na Índia, organizados pela Associação Internacional de Boxe (IBA). Os testes revelaram que ambas possuem cromossomas XY, ao invés de XX, típicos em mulheres. Apesar disso, o COI confirmou que Lin e Khelif estão em conformidade com os regulamentos para competir.
Caitlin Parker, competidora na categoria de 75 kg, expressou desacordo com a decisão do COI, destacando preocupações de segurança em desportos de combate. “Não é que eu nunca tenha treinado com homens antes, mas isso pode ser perigoso para os desportos de combate e deve ser seriamente analisado”, afirmou Parker, após derrotar a mexicana Vanessa Ortiz e avançar para os quartos de final. A atleta enfatizou a importância de trazer estas questões para debate e análise mais aprofundada.