Eis o que disse Fernando Madureira no início do julgamento da Operação Pretoriano

No início do julgamento da Operação Pretoriano, esta segunda-feira, Fernando Madureira afirmou que os desacatos ocorridos na Assembleia Geral do FC Porto, em novembro de 2023, foram resultado de uma campanha eleitoral de André Villas-Boas para ganhar as eleições do clube.
“Eu mobilizei os Super Dragões e pessoas conhecidas para irem à Assembleia Geral para apoiarem Pinto da Costa. Saiu de mim”, declarou Madureira, garantindo que é “completamente falso” que tenha injuriado outros associados e que atuou apenas para acalmar a situação.
Sobre os confrontos entre sócios portistas, afirmou ter ficado “irritado, transtornado, angustiado e triste”, acrescentando: “Dizia-lhes: ‘É isto que querem para presidente? [André Villas-Boas] veio aqui, deu uma entrevista, foi para casa e nós aqui ao barulho’.”
Com 12 arguidos a responder por 19 crimes, o julgamento começou no Tribunal de São João Novo, no Porto, com um atraso de cerca de 45 minutos e sob forte aparato policial. Madureira, que está em prisão preventiva desde janeiro de 2024, negou qualquer envolvimento dos Super Dragões nos distúrbios e disse ser-lhe “indiferente” como os sócios iriam votar na alteração dos estatutos.
Além disso, afirmou não conhecer dois dos outros arguidos e que, à data dos factos, estava incompatibilizado com alguns deles, incluindo Vítor Catão.