FC Porto pensa em tomar medida radical após divulgação da auditoria forense
A auditoria forense às contas da SAD do FC Porto, abrangendo o período de 2014 a 2024, revelou irregularidades graves, que podem levar a consequências jurídicas e disciplinares. A administração liderada por André Villas-Boas considera avançar para os tribunais para recuperar prejuízos financeiros e estuda a possibilidade de abrir um procedimento disciplinar contra a anterior gestão, presidida por Pinto da Costa, por alegados atos que atentaram contra os interesses do clube. A pena de expulsão está entre as medidas possíveis, conforme os estatutos do clube.
O Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD), liderado por Angelino Ferreira, já recebeu a auditoria e tem dois meses para decidir se instaura um processo disciplinar, especialmente se forem identificadas infrações passíveis de suspensão ou expulsão.
Especialistas em Direito, como José Miguel Sampaio e Nora e Pedro Macieirinha, consideram que, caso sejam confirmadas práticas lesivas, poderão ser movidas ações judiciais, incluindo processos-crime por abuso de confiança ou burla, bem como pedidos de indemnização por danos patrimoniais.
A auditoria também expôs despesas de representação controversas, como um gasto de 70 mil euros em joalharia e relojoaria, inserido num total de 4 milhões de euros. Além disso, surgiu a polémica sobre a proposta de atribuir o nome de Pinto da Costa ao Museu FC Porto, agora envolta em incerteza devido ao impacto negativo das revelações na imagem do ex-presidente.
As descobertas geraram uma onda de críticas e colocam em causa a gestão anterior, aumentando a pressão para apurar responsabilidades e mitigar os danos à reputação do clube.