Fernando Saúl, antigo OLA do FC Porto, defendeu-se na Assembleia Geral Extraordinária no Dragão Arena, argumentando contra a pena de suspensão de seis meses aplicada pelo Conselho Fiscal e Disciplinar. Garantiu que levará o caso até às últimas consequências em tribunal, afirmando a sua inocência.

“Estou nesta posição porque existe um processo judicial no qual sou arguido e que versa sobre coações, ameaças, agressões e arremesso de objetos aos quais sou completamente alheio. Acredito que os sócios aqui são os mesmos que estiveram na dita Assembleia e nenhum de vocês certamente me viu a ter qualquer comportamento inapropriado”, afirmou.

Saúl destacou que a sanção aplicada “não faz qualquer sentido” porque não praticou atos que a justifiquem. Explicou ainda: “Fui detido no processo judicial, mas as minhas medidas de coação foram apenas o termo de identidade e residência, e a proibição de contacto com os demais arguidos. Nunca me foi vedado o acesso às instalações do FC Porto nem proibidas as minhas funções, o que por si só diz algo.”

“Não cometi qualquer crime e as principais testemunhas desses factos são vocês, os sócios. (…) A última instância será sempre a do tribunal. Termino afiançando a minha total inocência perante os factos que me são imputados. Em momento algum pratiquei atos que possam ser sancionados penal ou moralmente na Assembleia de 23 de novembro. Deixo à vossa consideração a decisão. Quem viu, que vote a favor da minha suspensão; quem não viu, que decida em conformidade”, apelou.

Saúl garantiu ainda que provará a sua inocência em tribunal e recusou responder a perguntas, afirmando que “o tempo e o lugar da justiça serão em sede própria, no tribunal”. Finalizou com um apelo: “Votem em consciência. Viva o FC Porto.”