Festa no avião causa turbulência em terra; Porto empata 1-1 contra o Santa Clara
O Futebol Clube do Porto empatou esta tarde frente ao Santa Clara por 1-1 nos açores.
Na flash interview, Vitor Bruno, treinador adjunto de Sérgio Conceição, falou do jogo e queixou-se de várias coisas.
“Entrámos bem, fazemos o golo a abrir. Recordo-me que temos quatro ou cinco momentos em que podemos fazer o segundo golo e não fizemos. O Santa Clara ameaça antes do intervalo com duas ou três situações. O resumo da primeira parte é esse. Um Santa Clara forte, com uma muralha bem organizada, e nós obrigados a ligar o jogo rápido. Penso que o resultado ao intervalo se aceita apesar de poder ser mais dilatado para o FC Porto”, começou por dizer.
“Na segunda parte entrámos à procura do segundo golo, caímos no erro de nos sentarmos no golo que tínhamos marcado. Tentámos controlar o jogo, chegámos à baliza com pouca contundência. O adversário acaba por empatar num lance de bola parada e depois a parte final é fruto da forma como a equipa se entrega ao jogo, já com pouca lucidez. Faltava frescura? Talvez, essa terá sido a grande diferença. Tentámos carregar na barra de energia dos jogadores, jogámos 60 e poucas horas depois do jogo da Liga dos Campeões. Nesse jogo subimos um ou outro degrau relativamente ao que planeámos, conseguimos o objetivo de chegar aos ‘oitavos’, e o desafio de hoje era tentar subir degraus naquilo que é a humildade. Os jogadores caíram no lugar comum de tentar gerir um jogo que não estava resolvido. Santa Clara empatou com mérito. É um murro, mas é importante que nós, equipa técnica e jogadores, aprendamos com os erros. É o maior ato de inteligência que o ser humano pode ter. Lançámos isso nos jogos passados, quando vencemos o Sporting e no jogo a seguir. O Santa Clara foi muito competente na forma de defender e foi um adversário que se agarrou a tudo. O campeonato é muito difícil, é tudo muito à pele, e quando não estamos ao máximo da nossa capacidade… a capacidade, a espaços, esteve lá, o talento houve muita gente que esteve aquém, e tentamos sempre que o todo seja maior que a soma das partes. Isso não aconteceu hoje”, continuou.
Sobre a diferença de pontos para o Benfica, disse: “Começar a olhar para a distância do 1.º lugar poderá ser um erro capital. Temos de olhar para nós. O nosso trabalho é esse, função diária é essa, alavancar os jogadores. Os alicerces são esses, sempre foram de há cinco anos para cá e no passado recente já falámos muito sobre isso. Já estivemos a sete pontos de distância e fomos campeões, já estivemos na frente e não fomos. É estar sempre de olho em quem está na nossa frente e fazer com que, quando olhem para o retrovisor, percebam que está lá alguém de azul e branco competente e que já foi campeão nacional”.