FIFA obriga clubes a usar os melhores jogadores no Mundial de Clubes e deixou uma ameaça
A FIFA determinou que os clubes participantes do Mundial de Clubes 2025, entre 15 de junho e 13 de julho, nos Estados Unidos, deverão usar as suas equipas mais fortes, sob pena de sanções disciplinares. Gonçalo Almeida, advogado e juiz da FIFA, explicou: “Se for ostensivo que um clube não se apresenta com a sua melhor equipa, será aberto um processo disciplinar.”
Jerry Silva, juiz do Tribunal Arbitral do Desporto, criticou a decisão, alegando que a FIFA prioriza interesses comerciais: “A FIFA quer as ‘estrelas’, porque não está preocupada com o futebol, mas com um negócio que gere muito dinheiro.” Ele também questionou os critérios subjetivos para definir os “principais futebolistas” e acredita que a regra pode ser declarada nula pelo Tribunal de Justiça da União Europeia.
O torneio terá 32 clubes de cinco confederações, incluindo Benfica e FC Porto, e adotará um formato quadrienal. A participação do Inter Miami, de Lionel Messi, apesar de não ter vencido a MLS, gerou críticas. “Só posso justificar essa opção por critérios estritamente comerciais,” afirmou Almeida.
Outro tema levantado foi a multipropriedade de clubes, como os casos do León e Pachuca, controlados pelo mesmo grupo. “É hora de a FIFA regular este fenómeno com profundidade,” apelou Almeida. A Alajuelense, da Costa Rica, apresentou reclamação à FIFA, reivindicando participação no torneio devido ao impacto da multipropriedade na escolha dos participantes.