Após três dias de julgamento, ainda não foi proferida a sentença final que determinará o destino do ex-jogador Daniel Alves, no âmbito do processo por abuso sexual. Durante a audiência, a defesa do brasileiro alegou que o atleta estava embriagado e sem controlo sobre os seus atos, o que foi duramente criticado pela imprensa europeia.

O jornal francês “Le Parisien”, por exemplo, publicou um artigo intitulado “A frágil defesa de Daniel Alves”, após o último dia de testemunhos no Tribunal de Barcelona. O texto, assinado por François David, correspondente do jornal em Espanha, descreve como “terríveis” os argumentos apresentados pela advogada de Alves, Inés Guardiola.

Por sua vez, o “L’Équipe”, também da França, considera que as chances de absolvição do ex-jogador são escassas. Como alternativa à absolvição, Inés Guardiola propôs um ano de prisão, período que Alves já cumpriu de forma preventiva, além de uma multa de 50 mil euros. Os atenuantes indicados pela advogada incluem o consumo de álcool, reparação de danos e alegada violação de direitos fundamentais devido à suposta parcialidade no processo judicial.

A acusação privada contratada pela vítima solicita a pena máxima de 12 anos de prisão, enquanto o Ministério Público pede nove anos. Segundo o jornal espanhol “Marca”, a juíza Isabel Delgado Pérez tem até 20 dias, a partir de quinta-feira (8), para tomar uma decisão sobre o caso.