Pinto da Costa, consciente de que a sua morte se aproximava, preparou cuidadosamente todos os detalhes relacionados com a sua herança. Determinou como queria que o seu funeral decorresse e redigiu um testamento no qual deixou clara a divisão dos seus bens. Enquanto garantia o conforto financeiro da mulher, Cláudia Campo, Pinto da Costa reconheceu que as partilhas muitas vezes geram conflitos familiares. Por isso, deixou um sério aviso aos seus filhos, Alexandre e Joana, pedindo-lhes que seguissem o conselho que a sua própria mãe lhe dera: “Entendam-se, senão metade do que vos deixo será para os Tribunais e advogados.”

O antigo dirigente também fez questão de declarar que não tinha fortunas ocultas ou contas no estrangeiro, reiterando a transparência dos seus bens. Apesar de divergências passadas entre Alexandre e Joana, Pinto da Costa apelou à união entre os dois na fase que enfrentam sem a presença do pai. Joana, que esteve sempre ao seu lado nos últimos anos, tornou-se uma figura de conforto, especialmente com o nascimento dos seus filhos, que trouxeram renovada alegria à vida de Pinto da Costa. Já Alexandre, após um período de afastamento, reconciliou-se com o pai poucos meses antes da sua morte.

Agora, os filhos de Pinto da Costa têm a responsabilidade de honrar o pedido do pai, mantendo a união e a harmonia enquanto dão continuidade ao legado deixado por ele.