Já se sabe quem denunciou o esquema de bilhetes que deu fortuna aos Madureira
Vários indivíduos ligados às casas do FC Porto confirmaram a existência de um esquema ilegal envolvendo a venda de bilhetes e admitiram que, durante a assembleia geral do clube, Madureira ameaçou que quem não estivesse presente deixaria de receber ingressos para os jogos. Esses testemunhos sustentaram a investigação da ‘Operação Bilhete Dourado’, mas as testemunhas revelaram receio de serem identificadas no processo. O medo levou esses sócios portistas a permanecerem em silêncio por muito tempo e a não denunciarem ‘Macaco’.
A procuradora responsável pelo caso, que também está a lidar com a ‘Operação Pretoriano’, que resultou na prisão de Fernando Madureira, menciona nos mandados que as testemunhas ligadas às casas não querem revelar os seus nomes por temerem represálias, incluindo por parte do próprio clube. Essas testemunhas sempre viram a família Madureira como protegida por Pinto da Costa.
A operação, que resultou na constituição de 13 arguidos no domingo, incluindo vários membros da família de ‘Macaco’, foi desencadeada também pelos depoimentos de outros sócios do clube, alguns dos quais são testemunhas no processo das agressões na assembleia. O Ministério Público alega que agora é Catarina, filha de ‘Macaco’, quem lidera o esquema dos bilhetes.