Pinto da Costa está a ser investigado no âmbito da ‘Operação Prolongamento’ por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais, com alegações de que terá utilizado fundos da SAD do FC Porto para financiar diretamente Fernando Madureira, conhecido como ‘Macaco’. Segundo o Correio da Manhã, foram detetadas grandes movimentações financeiras entre Pinto da Costa e Madureira, embora não haja provas de que este atuasse como testa de ferro ou ocultasse bens de luxo, como uma moradia em construção no Canidelo, Vila Nova de Gaia.

A investigação revelou que avultadas verbas saíram dos cofres do FC Porto para Fernando Madureira, garantindo em troca lealdade da claque liderada por ele. Este financiamento terá permitido a Madureira e à sua esposa, Sandra, acumular um património incompatível com os rendimentos declarados. A moradia em construção no Canidelo, com 424 metros quadrados e vista para o mar, está avaliada em dois milhões de euros.

Além disso, uma auditoria da Deloitte revelou que a relação com os Super Dragões lesou a SAD portista em 5,1 milhões de euros, devido a bilhetes não pagos e despesas não protocoladas, como viagens de Madureira e família. Também foram identificados 49,9 milhões de euros em comissões na transferência de jogadores, acima dos valores de referência indicados pela FIFA, levantando suspeitas de utilização dessas verbas em benefício individual ou em operações ilegais, como inflacionar comissões para desvio de dinheiro.