Julen Lopetegui e o FC Porto chegaram a um acordo esta quarta-feira no Tribunal do Trabalho do Porto sobre um litígio que se arrastava desde 24 de setembro de 2020.

Embora os moldes do acordo não tenham sido divulgados, o treinador basco havia reclamado uma indemnização de 791.839,77 euros em relação a encargos com acertos de IRS durante o período em que esteve à frente do FC Porto, entre maio de 2014 e janeiro de 2016.

Lopetegui pretendia ser abrangido por um regime fiscal especial, o que foi rejeitado pela Autoridade Tributária, tendo o técnico que pagar a diferença para o que tinha liquidado. Lopetegui defendeu que a SAD do FC Porto deveria suportar esse valor, mas os dragões discordaram. O caso foi agora resolvido em tribunal, tal como já tinha sido anunciado no recente relatório e contas do FC Porto relativo ao primeiro semestre da temporada.

“No dia 28 de setembro de 2020, a FCP SAD foi citada para a ação (que sob o número 15440/20.0T8PRT corre termos no Juiz 2 do Juízo do Trabalho do Porto) que contra a mesma foi instaurada, no dia 24 de setembro de 2020, pelo Senhor Julian Lopetegui Agote. Por via desta ação, o Autor peticiona que a FC Porto SAD seja condenada a pagar-lhe a quantia líquida de 791.839,77 euros, a título de créditos laborais, emergentes de acertos de IRS dos anos de 2014, 2015 e 2016. No entendimento da FC Porto SAD a factualidade invocada pelo Autor não corresponde à verdade, e bem assim (sem prejuízo das demais linhas de defesa adequadas e aplicáveis) considera a FC Porto SAD que o crédito invocado se encontra prescrito. O autor da ação respondeu à exceção da prescrição apresentada pela FC Porto SAD na contestação alegando no mesmo sentido do que já havia invocado na petição inicial. Em fase de saneamento, o tribunal entendeu que não se verificava a prescrição invocada. Entretanto, foi agendada para os dias 12 e 19 de abril de 2023 a realização da audiência de julgamento”, pode ler-se no documento divulgado.