Pedro Proença eleito o novo presidente da Federação Portuguesa de Futebol
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Pedro Proença foi eleito presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), sucedendo a Fernando Gomes após este completar o seu terceiro mandato. O ex-presidente da Liga Portugal obteve 75% dos votos na eleição, batendo Nuno Lobo. A sua lista venceu em todos os órgãos, incluindo Direção, Mesa da Assembleia Geral, Conselho Fiscal e Conselho de Disciplina.
Com uma carreira distinta tanto como árbitro quanto como dirigente, Proença é conhecido por momentos marcantes no futebol nacional e internacional. Considerado o melhor árbitro do mundo em 2012 pela IFFHS, apitou a final da Liga dos Campeões e a final do Campeonato da Europa no mesmo ano. Após deixar a arbitragem em 2015, justificando a decisão com desgaste físico e mental, assumiu a presidência da Liga Portugal em 2015, sendo reeleito em 2019 e 2023. Em novembro de 2023, assumiu a Presidência da European Leagues e tornou-se membro do Comité Executivo da UEFA em fevereiro de 2024.
Natural de Lisboa, Proença, de 53 anos, tem formação em Gestão de Empresas e uma experiência diversificada fora do futebol, incluindo auditoria na KPMG, direção de uma empresa de resíduos sólidos, administração de insolvências e gestão de uma empresa metalúrgica.
Na sua campanha para a presidência da FPF, Proença apresentou um ambicioso programa com 433 medidas, prometendo “Unir o Futebol”. Ele destacou a importância de aumentar a prática desportiva desde a escola, com o objetivo de criar uma base sólida para o futebol profissional. Proença também sublinhou a necessidade de promover o futebol feminino, que cresceu 1,5% na última década, e defendeu a profissionalização da arbitragem, propondo a criação de uma Direção Técnica Nacional de Arbitragem.
Entre os projetos apresentados está a possibilidade de relançar a Supertaça e disputá-la no estrangeiro, uma ideia que causou alguma controvérsia durante o seu mandato na Liga. Proença também apelou a um pacto entre clubes, atletas, árbitros e o Estado, com o objetivo de tornar a disciplina “profissional, rápida, explicável e próxima de todos os agentes”.
Com a sua eleição, Proença assume o compromisso de fortalecer a FPF e consolidar o futebol português como uma referência internacional, tanto em termos desportivos quanto na gestão e desenvolvimento das suas várias vertentes.