Presidente da SAD do Famalicão arrasou arbitragem “a arbitragem é um serviço comprado e temos de exigir um bom serviço”
Miguel Ribeiro expressou críticas severas à equipa de arbitragem chefiada por Manuel Oliveira, responsável por apitar o jogo entre Famalicão e Sp. Braga na quinta-feira. Este jogo marcou o início da 18ª jornada da Liga Portugal Betclic e resultou em várias queixas por parte da equipa do Famalicão.
“Temos sorte em muitas coisas. Temos sorte na propriedade que temos, os nossos acionistas são um exemplo de quanto o futebol português pode crescer com estes tipo de proprietários, com esse perfil de fazer clubes bons, de os fazer crescer, de clubes que estavam na 2.ª Liga e que hoje são clubes de 1.ª, de projetar jogadores. Somos uns afortunados. Temos sorte por estas bancadas e por esta cidade, de gostarem tanto do Famalicão, de ter todas estas pessoas connosco. Infelizmente, este ano temos tido azar com as arbitragens. Quero crer que é azar, porque é jogo após jogo. Já sabia que ia ser assim, disse-o dentro de portas, com o Sr. Manuel Oliveira temos sempre azar e hoje tivemos azar outra vez. Há claramente um jogo mais uma vez decidido pela 3.ª equipa. Posso repetir o apelo à tranquilidade e à paz que fiz há uns meses, mas há uma coisa que é muito clara: a nossa sorte e as coisas em que somos fortes serão sempre superiores às coisas que não controlamos”, começou por dizer.
“Naquilo em que somos fortes, na propriedade forte com o Quantum Pacific, com este estádio, estas pessoas, estes adeptos, estes jogadores, este treinador, somos um clube de referência, mas não conseguimos passar disto. Há sempre uma 3.ª equipa que nos trava, que é decisiva nos resultados. Uma semana ganhamos, noutra semana, quando estamos melhores, levamos este tipo de jogos, por isso olhamos para o bem que o Famalicão faz ao futebol português.”, continuou.
“[Algum lance o deixa mais revoltado?] Podia começar pelo fim, que é um penálti claro, mas não nos podemos centralizar só nas decisões macro, nos penáltis ou nos golos. Há um comportamento, uma hostilidade aos bancos, no trato, fiscais de linhas que parece que estão aqui a tomar conta de crianças mal comportadas. É isto tudo que acho intolerável, porque nós compramos um serviço. A arbitragem é um serviço comprado e temos de exigir um bom serviço. Se amanhã comprar um serviço que me é mal fornecido, eu vou reclamar e é isso que estou a fazer. Estou a reclamar de um serviço mal prestado e apelo que não aconteça mais vezes, não só para mim, mas para todos os clubes, porque tenho a certeza que ninguém se sente satisfeito quando no final há um serviço comprado e que é mal fornecido. Se falarmos, há vários lances, são dualidades de critérios à sorte, os cartões são à sorte e já nem falo do penálti. O jogo tem 90 minutos e é condicionado por lances pequenos, cartões, condicionamento de jogadores e tratamento hostil. Andamos aqui e somos quase um parente pobre do cenário que temos hoje.”, disse ainda.
“Exposição ao CA? Não é preciso. Tenho a certeza que o Conselho de Arbitragem percebe os meus lamentos, são pessoas de bem e que procuram que as coisas corram melhor. Os árbitros é que executam. Acredito que o Conselho de Arbitragem lamenta tanto como eu que eles sejam parte decisiva nos jogos. São pessoas de bem e querem um futebol melhor. Para isso, não podemos ter, jogo após jogo, decisões que alteram os resultados e acredito que eles me acompanham neste lamento, porque são os primeiros a querer boas arbitragens e que não se fale das arbitragens, são os primeiros a querer qualidade e que o jogo seja decidido pelos jogadores. Não vou fazer exposição nenhuma, porque eles têm o meu respeito e amizade. São pessoas de bem que procuram evolução, mas obviamente que lamento que, ao fim deste tempo todo, o VAR esteja cada vez pior. Como é que é possível processos que se maturam estarem cada vez piores? Ao fim de alguns anos, as coisas tendem a melhorar, porque estamos mais adaptados e estamos a ter um ano terrível. Não é só neste jogo. Como é possível uma ferramenta que está para auxiliar, de ajuda, estar pior. Jogo após jogo, há decisões de VAR que são absurdo, que os clubes não entendem. Se um processo que se matura fica podre, então tem de acabar, mas é óbvio que não queremos que acabe, queremos que melhore. Quando chegamos aos jogos, entre a nossa vontade e o que acontece há uma grande distância.”, concluiu.