O pai de Gonçalo Ramos, jogador do Paris Saint-Germain e da Seleção Nacional, foi o primeiro treinador de João Neves no Centro de Formação e Treino (CFT) do Benfica no Algarve, onde desempenhou o papel de técnico nesse centro durante oito anos e deixou esse cargo há cerca de três anos. Essa coincidência ocorreu porque, naquela época, o filho Gonçalo também começou a treinar no CFT no Algarve e entrou diretamente para a equipa de infantis, que era treinada por Manuel Ramos, um ex-futebolista do Farense. “Como não podíamos treinar os nossos filhos e o Gonçalo entrou para os infantis, eu ‘baixei’ aos benjamins e foi lá que apanhei o João [Neves]”, lembrou, em declarações ao jornal Record.

“Como costumamos dizer, naquela altura são uns ‘bebés’, são projetos de jogadores. Naquela altura, é muito difícil dizer que ‘este vai lá chegar’. Há muitos fatores internos e externos que podem influenciar a carreira dos atletas.”, assume Manuel Ramos.

“Personalidade, capacidade de trabalho e de superação. O João reunia todos os ingredientes nele. O João, jogando em qualquer lugar, terá uma boa prestação. É um miúdo disposto para a tarefa, àquilo que lhe for pedido ele vai corresponder”, disse o antigo técnico que rejeitou falar sobre uma possível saída do jogador para a Liga Inglesa.

“A trajetória de cada um tem de se cruzar com aquilo que o clube pensa para determinado jogador. É um pouco como as melancias. Sem as abrirmos, não sabemos o que está lá dentro e, antes deles saírem, não sabemos a resposta que vão dar. Para chegarem à equipa principal do Benfica, estão, em média há 10 ou 12 anos no clube, fazem lá todo o seu crescimento e, quando há uma mudança, é natural que os miúdos a sintam.”, concluiu.