Revelado o motivo da discussão entre Fonseca Santos e Luís Mendes em pleno Estádio da Luz
Durante a Assembleia Geral do Benfica, Fonseca Santos, que é o presidente do Conselho Fiscal, também tomou a palavra. O dirigente aproveitou a ocasião para esclarecer o desentendimento que teve com Luís Mendes na tribuna presidencial do Estádio da Luz.
“A minha intervenção tem a ver com a defesa do meu bom nome e da minha reputação. Houve um sócio, de certeza por virtude da notícia publicada ontem no Record, que refere um incidente que teve lugar no camarote presidencial, onde nunca devia ter tido lugar, situação pela qual me responsabilizei, escrevendo imediatamente ao presidente a pedir desculpa pela situação e a colocar o meu lugar à disposição. O incidente é referido como tendo decorrido de uma situação que não foi objeto daquilo que me levou a invetivar o Luís Mendes, situação presenciada por outros elementos dos órgãos sociais”, começou por explicar.
“Não trato ninguém por tu. A notícia que vem em discurso direto vem como se tratasse o dr. Luís Mendes por tu e não o faço. Quando disse ao dr. Luís Mendes que não me voltava a enganar estava a referir-me a uma situação perfeitamente explicada. Um consócio que é meu colega na intervenção que fez referiu-se a uma operação de compra e venda da totalidade do capital social da Benfica TV e Benfica Estádio, operação celebrada entre a SAD como vendedora e a Benfica SGPS como compradora, situação que implicou o pagamento inicial de 27 M€. Esteve dois anos e tal em que não foram pagas pela Benfica SGPS as prestações do preço que ficou em dívida, que não justificou da parte da administração da SAD ter tomado a iniciativa de qualificar a situação de incumprimento como definitiva, usando aquilo que em direito se chama interpelação admonitória, que não era do conhecimento dos então membros dos OS, ou pelo menos de parte significativa dos OS, e que quando foi conhecida através de verificação da existência desse incumprimento por parte de uma administrador independente da SAD determinou que a Direção do clube, a administração da SAD e da Benfica SGPS tivessem que encontrar uma maneira de resolver o assunto”, continuou.
“Determinou encontrar, entre a direção do SLB e a administração da SGPS, uma maneira de resolver o assunto e a maneira que foi encontrada foi uma forma correta, lícita, mas impôs-se que o Benfica, que não era parte do contrato de compra e venda, passa-se a ser parte do contrato que regulou de maneira aceitável a situação de dívida existente entre a SGPS e a SAD do Benfica. Daí resultou a obrigação do Benfica constituir a partir de setembro do próximo ano uma prestação acessória de capital na SGPS para poder regularizar a situação que há pouco foi referida, passou o preço em dívida para prestações anuais durante 25 anos. E isso é um problema sério, que afeta a capacidade já limitada do SLB e foi isso que o (João Diogo) Manteigas há pouco referiu. Dito isto, quando referi ao doutor Luís Mendes que não me voltava a enganar, é que durante um ano nada foi feito por ele, que era quem tinha competência para o fazer, para encontrar uma solução que se vai colocar em setembro de 2025. Em segundo lugar, ao contrário do que tinha sido comprometido com o conselho fiscal, nada tinha sido feito para preparar atempadamente a resposta ao problema”, finalizou a explicação.