Sérgio Conceição ao ataque a Rui Costa “tinha isto entalado”
Sérgio Conceição, treinador do Futebol Clube do Porto, deixou duras críticas a Rui Costa, presidente do Benfica, após ter levado um processo disciplinar devido às queixas dos encarnados.
“Todos erramos. Só não pode haver dois pesos e duas medidas. Na reta final, é importante que as pessoas estejam no máximo, para dar o seu melhor, cada um no seu papel, cada um no seu trabalho’. Depois, digo: ‘Todos os intervenientes no jogo têm de dar o seu melhor, treinadores, jogadores e todos os departamentos que trabalham connosco. Estamos sempre no máximo. É isso que queremos que todos estejam’. Fui processado por isto. Vocês estão a analisar a minha conferência, como de outros treinadores, e digo que têm de ter critério. Podem errar na análise ao treinador ou ao jogo. O que me admira mais é isto ser levantado por um homem do futebol, que é meu ex-colega, que está habituado a ganhar dentro de campo, e não com estes casinhos. É o que mais me admira no Rui Costa, muito sinceramente. Tinha de dizer isto porque estava aqui entalado”, começou por dizer Sérgio Conceição.
“Depende dos tais programas de auto-ajuda, como levam as minhas palavras. Depois, dá-se a importância que se dá dependendo de quem é. Também há algumas pessoas que não gostam de mim, mas faz parte. Não se pode agradar a toda a gente, e eu não agrado a muita gente. Não sei se haverá ou não [processo ao presidente do Paços de Ferreira]. Falei há bocado no presidente do Benfica, se vai abrir um processo sobre as palavras do senhor Schmidt em relação ao VAR, que foi bem mais agressivo do que eu. Depende. Também não estou muito preocupado com isso, o meu foco é o jogo de amanhã. Compreendo a pergunta. Tinha de ser falado, faz parte, foi aberto um processo, mas, a mim, sinceramente… Fiquei tão contente quando comecei a falar com futebol que, depois, tenho de entrar naquilo que não diz tanto respeito ao jogo de amanhã. Não gosto, daí, por vezes, o meu silêncio. É um bocadinho por protesto por algumas coisas que só se passam mesmo em Portugal”, concluiu.