Tudo o que disse Ruben Amorim na última conferência de imprensa e já deu uma alcunha em inglês
Rúben Amorim, emocionado após a vitória do Sporting sobre o Braga, expressou: Foi melhor do que esperava. Obviamente, preferia não ter sofrido, mas a forma como acabou… Era muito mais do que podia esperar, de uma semana que podia ter sido tão difícil, e acabou por ser… Vou tão mais descansado porque estes jogadores são inacreditáveis. A verdade é que não entrámos bem, devagarinho, a fazermos o que, por vezes, outras equipas nos fazem, que é deixar correr o tempo. Em duas transições, dois golos que podíamos ter evitado, mas a segunda parte é inacreditável. Tornou tudo mais especial. Chegou ao fim esta aventura, foi especial, não podia ter pedido melhor momento.
Sobre o jogo, Amorim comentou: É o contar de uma história, em 90 minutos, que todos vivemos, de muito sofrimento, de lutar até ao fim, com os golos do Coates nos descontos… Hoje, foi o Conrad [Harder], mas, no final, merecemos a vitória. Fomos a equipa que quis sempre mais. Nos 20 minutos finais, notou-se a maior frescura da minha equipa, e tem a ver com o facto de o Sporting de Braga ter jogado na quinta-feira.
Reflectindo sobre a semana intensa, ele afirmou: O próximo jogo é que é o desafio final. O que posso dizer é que, hoje, teve muito mais sabor do que na terça-feira. Fechámos esta semana. Qualquer equipa, num jogo, pode bater a outra. O que conta a história é saber ganhar semana após semana.
Ao ver os jogadores festejarem com ele, Amorim revelou: Já me tinha despedido. Quando se ganha, os jogadores é que têm de viver o momento. Eu já os vivi. Sinto-me tão feliz e a precisar de me acalmar, que prefiro sair e deixar o espaço para eles. Foram eles que viraram o jogo. Custou-me mais ver o Pote a chorar a sair, já não é a primeira vez. Tenho a certeza de que ele jogou porque foi o meu último jogo e fez esse esforço. Custa-me muito. Sinto que o Pote está um bocadinho zangado comigo, e isso é que me custou bastante. O final… Foi toda a gente a sentir que era preciso ganhar. Se continuarem humildes e a ajudarem-se uns aos outros, não tenho dúvidas de que terão um grande treinador, que os irá ajudar a seguir em frente.
Amorim elogiou o grupo: Os resultados não foram perfeitos. Podíamos ter ganho mais, mas não esperávamos ganhar tanto. Foi uma aventura inacreditável, em termos de ligação, com os estágios… Foi uma aventura que gostava que toda a gente vivesse. Marcou-me muito, fui muito feliz, nunca me senti sozinho. Um treinador estar cinco anos num clube, ficar em quarto lugar e nunca se sentir sozinho é especial. Neste momento, o Sporting é um clube especial.
Quanto ao futuro do Sporting, declarou: O Sporting tem tudo para seguir em frente. Há mais incertezas do meu lado do que do Sporting. Estou muito confiante de que o Sporting vai seguir o seu caminho. Vai ser difícil. Se continuarem muito humildes, o treinador fará o mesmo trabalho, porque é um grupo de jogadores muito especial.
Sobre a sua essência, Amorim disse: Vou tentar continuar o ‘Smiling One’. Não vou ficar uma pessoa diferente, sei que ficarei bem. Aguente três meses ou dez anos, sei que ficarei bem, porque tenho plena noção do que é importante na vida, e isso é uma grande vantagem. O que vier, virá. Quero muito ganhar, mas a minha essência não a vou perder, mais depressa perdia a carreira de treinador. Vai ser muito mais difícil, mas esta aventura foi muito mais arriscada. A outra… É o que tiver de ser.
Para Bruno Fernandes e colegas no Manchester United, Amorim deixou uma mensagem: Vamos esperar para quando for apresentado. O Bruno conhece-me um bocadinho e os colegas. Pode estar entusiasmado agora, haverá fases em que não estará tanto, mas espero que seja feliz. É meio caminho andado para que uma equipa ganhe. Espero ajudar os jogadores do Manchester United como ajudei os do Sporting.