Na conferência de imprensa após a derrota frente ao Sporting, Vasco Matos, treinador do Santa Clara, criticou Rui Borges, técnico do Sporting, afirmando que este não fez uma boa análise ao jogo e que os leões têm “obrigação de fazer muito mais” frente a uma equipa recém-promovida da II Liga.

“Fizemos um grande jogo. O treinador do Sporting aqui nos Açores já teve um dissabor e, mesmo no final desse jogo, também já tinha feito uma análise que não teve a ver com o que se passou. Em relação a este jogo, claro que o Sporting, campeão em título, contra uma equipa como a nossa, que vem da II Liga, se calhar tem obrigação de fazer muito mais. A vitória do Sporting não está em causa, mas, se quis desconsiderar a nossa equipa, não vejo razões para tal. Estou muito contente com o nosso trabalho, com o que temos feito, muitos recordes batidos, temos jogadores com muita qualidade. E tivemos oportunidades. Na primeira parte, tivemos até o lance do Matheus Pereira na área, toda a gente viu.”

Sobre a ideia de que o Santa Clara arriscou pouco, respondeu: “Isso não foi o jogo. Como é que o Sporting fez o golo? Numa transição! Em organização ofensiva, quantas oportunidades o Sporting criou? Têm é de perguntar ao treinador do Sporting, num jogo contra uma equipa que vem da II Liga, quantas oportunidades a sua equipa criou em ataque organizado. Perguntem-lhe isso. Não estou preocupado com aquilo que o treinador do Sporting diz. O problema dele não me diz respeito. Quererem mandar areia para os olhos, é algo que não entra em nossa casa. E vocês [jornalistas] viram também o penálti. Vejam as oportunidades criadas e vejam se há tanta diferença nas oportunidades criadas no jogo como há nos orçamentos.”

Sobre o jogo, analisou: “Foi uma primeira parte equilibrada, muito dividida, com a nossa equipa muito bem organizada, com alguns momentos de ataque rápido e de circulação. Foi uma primeira parte muito competente da nossa parte. Não me lembro de grandes oportunidades do Sporting. Num momento em que perdemos bola, numa fase em que o Sporting é muito forte, sofremos golo. Mas até aí não me lembro de grandes chances do Sporting. A partir daí, o Sporting ganhou algum ascendente, até fazermos algumas alterações. Temos de continuar o nosso caminho e seguir.”

Quanto aos objetivos até final da época: “Acredito no que trabalhamos todos os dias e voltámos a mostrar isso mesmo. Somos uma equipa extremamente competitiva, a olhar o adversário olhos nos olhos, sem nos encolhermos. Acreditamos muito no nosso trabalho, tem sido claro o que temos vindo a fazer. Contra o campeão nacional, voltámos a fazer um grande jogo. Não olhamos para a classificação, tínhamos um objetivo que era a manutenção e foi alcançado muito cedo, com mérito de toda a gente aqui dentro, e agora é continuar.”

Sobre as opções técnicas: “Em função daquilo que o Sporting poderia apresentar, nós tomámos as decisões que achávamos melhores. Os jogadores estão habituados e qualquer jogador está habilitado a jogar em várias posições.”

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